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Japão ameaça deixar o pacifismo, 70 anos depois

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Memorial da Paz em Hiroshima Hibakusha é a palavra em japonês usada para nomear os sobreviventes das bombas de Hiroshima e Nagasaki, cujo 70º aniversário acontece este mês — assim como a rendição japonesa e o fim da Segunda Guerra Mundial. Significa “pessoa bombardeada” e calcula-se que atualmente existam 193 mil delas no país. Trata-se de um grupo muito especial, vítimas de cicatrizes e suposta radiação, e com forte autoridade moral. E nos últimos dias um grupo deles chamou atenção ao se unir aos imensos protestos contra a decisão do primeiro-ministro Shinzo Abe de rever uma interpretação constitucional, apoiada pelos EUA, para devolver ao Japão a capacidade de intervir em conflitos bélicos. O político conservador, que sempre foi relutante em aceitar as atrocidades cometidas pelo Japão no passado, conseguiu que seu Conselho de Ministros aprovasse uma interpretação da Constituição redigida pelos EUA pouco depois da rendição. Até agora, o artigo 9 da Constituição japonesa

Fraude contábil no Japão

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Presidente e diretores da Toshiba pedem desculpas por manipulação de balanços Para quem trabalha na área contábil sabe muito bem que a manipulação de balanços não é uma prática nova, nem no Brasil, nem no restante do mundo. No exterior, a manipulação de resultados visa o aumento artificial do lucro, já no Brasil a manipulação sempre foi feita para reduzir lucros. Essa diferença se da pelo fato de lá fora o aumento de lucros visava atrair investidores no mercado de capitais, enquanto que aqui no Brasil a diminuição de lucros sempre visou à sonegação de impostos. Nesta semana veio a público a noticia de que executivos de alto escalão da multinacional japonesa Toshiba, estavam sistematicamente envolvidos na manipulação de lucros da empresa. A manipulação acusou nos seus demonstrativos contábeis lucros de US$ 1,22 bilhão no período de 7 anos, números muito acima da realidade da empresa. O relatório dos analistas aponta os diretores e responsáveis pelo departamento contábil d

O que está acontecendo com Mogi das Cruzes?

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pai chora ao lado do corpo de jovens assassinados em Mogi das Cruzes Mogi das Cruzes passou por momentos de terror na semana passada, as vésperas do feriado de 09 de julho, uma chacina que vitimou jovens no bairro Jardim Universo em plena luz do dia. Horas depois, ônibus foram incendiados em pontos diferentes da cidade. Indícios apontam que se trata de ações retaliadoras aos assassinatos. O que está acontecendo com nossa cidade? Nós sentíamos orgulho de morar em Mogi, com tantas qualidades como, proximidade com a capital e litoral, ótima infraestrutura do comércio e serviços, entre outros. A cidade que vem em processo de pleno crescimento, mas mantendo aspectos de cidade interiorana, está ganhando notoriedade por fatos negativos. Trânsito, violência, falta de espaços de lazer, transporte público de má qualidade. Os antes, problemas das grandes cidades agora são uma constante em Mogi. A cada debate sobre o tema, porém, fica a pergunta: afinal, como melhorar? O que podemos fazer

Playground inclusivo

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Nos últimos anos o Brasil obteve um avanço significativo em se tratando de acessibilidade. Hoje já vemos os cruzamentos com calçadas rebaixadas, banheiros adaptados, elevadores em estações de metrô, etc. Mais uma coisa que ainda é difícil de se encontrar, são playgrounds com brinquedos adaptados para crianças com deficiência. Em outros países são comuns os parques públicos com brinquedos que possibilitam a diversão tanto de crianças com deficiência ou não. Em São Paulo, no Parque do Ibirapuera existe uma área denominada “Playground Inclusivo”, que são brinquedos projetados para integrar crianças com e sem deficiência. Com rampas de inclinação suave, inscrições em braille, piso tátil e suportes ao alcance de uma criança sentada em uma cadeira de rodas, o playground propõe brincadeiras que misturam equilíbrio, força e estímulos sensoriais na medida exata para que crianças cadeirantes, cegas, surdas, com deficiência intelectual ou múltipla possam divertir-se com o máximo de

Japão prepara importação de empregadas domésticas

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Uma das grandes dificuldades da mulher japonesa é conciliar trabalho com as atividades domésticas. No país não existe a categoria de “empregado doméstico” . A tradição japonesa com relação à mulher, mesmo nos dias atuais, continua extremamente machista e desde criança são educadas a realizar as tarefas domésticas. Mas felizmente, as coisas estão mudando. O projeto de lei que cria uma “zona especial de estratégia nacional – que será votado no parlamento japonês ainda este ano – poderá abrir caminho para a criação de uma nova categoria de trabalhadores estrangeiros no país: as empregadas domésticas. Com a criação da zona especial, as províncias de Osaka e Kanagawa serão as primeiras a receber as auxiliares de serviços domésticos na fase experimental do projeto. A principal intenção do governo é ajudar as mulheres japonesas que desejam entrar no mercado formal de trabalho, mas são impedidas por causa das tarefas domésticas e criação de filhos. Segundo o texto do projeto,

Comuns no Japão, máscaras oferecem pouco mais do que proteção psicológica

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japoneses usando mascaras na saída da movimentada estação de metrô de Tokyo Uma das coisas que mais me impressionou assim que desembarquei no Japão, é a quantidade de pessoas que andavam nas ruas com máscaras. Em todo lugar se via pessoas com máscaras, nas ruas, nos trens e metros, no trabalho, na escola. Até me acostumar com a ideia, foi meio complicado, mas depois até comecei a fazer uso das mascaras, mesmo sem saber se sua eficácia era comprovada. Durante os meses de primavera e inverno, as máscaras cirúrgicas se tornam a principal arma dos japoneses contra o pólen e contra o vírus da gripe. Mas, será que elas são realmente eficazes? Para os alérgicos ao pólen, que se espalha com o vento durante a primavera, a eficácia das máscaras é comprovada quase que instantaneamente. No entanto, contra os vírus invisíveis, elas oferecem pouco mais do que uma “proteção psicológica”, dizem especialistas. Com a propagação do vírus assassino MERS, que já matou 23 pessoas na Coréia do

Contra crise, moda no Japão são hotéis a preços baixos e com espaço mínimo

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Hotel Cápsula no Japão Com os números de turistas e de preços de hotéis no Japão subindo graças a um iene desvalorizado, empreendedores têm colocado a criatividade para funcionar em um novo nicho de acomodações cheias de estilo, mas baratas, em beliches, cabines e compartimentos de todos os formatos e tamanhos. A diária para uma noite em um quarto duplo pequeno de hotel com serviço limitado na área central de Tóquio pode custar até 30 mil ienes (US$ 240, ou R$ 750) hoje. Mas, se você procurar um pouco mais, pode ir para a cama com conforto por uma fração desse valor. A apenas dez minutos de caminhada do famoso bairro de compras Akihabara, em Tóquio, um prédio branco de oito andares chamado Grids fica entre blocos residenciais e de escritório. O hotel, uma conversão de um edifício comercial de 34 anos, aberto em abril, oferece quartos que custam de 3.300 a 5.000 ienes (R$ 82 a R$ 125) por pessoa. A cama de um beliche em um quarto compartilhado é a opção mais barata,